Relatório Global de Empreendedorismo 2007

 

Portugal apresenta uma actividade empreendedora elevada, à frente de países como a Finlândia, França, Itália, Japão, Espanha,Suiça e Estados Unidos. Os números são de 2007 e fazem parte do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), o maior estudo independente do mundo sobre a actividade empreendedora e abranendo 58 países, ou seja, mais de 90% do PIB mundial.

 

Segundo o GEM, a actividade empreendedora em Portugal abrangia 15,4% da população activa, destacando-se os empreendedores há menos de 3 meses que representam 4,8% da população activa. Apenas a Islândia (8,5%), Hong Kong (5,7%) e Estados Unidos (6,5%) superavam o dinamismo português. No número de empreendedores há menos de 42 meses, Portugal tem à frente 4 países, enquanto no grupo dos que empreendem há mais de 42 meses, apenas 5 países são mais activos.

 

Motivações: 56% dos empreendedores portugueses com menos de 42 meses de actividade afirmam terem sido conduzidos pelo surgimento de uma oportunidade, que lhes permitia aumentar o rendimento e ser mais independentes.

 

As más notícias: Portugal é também dos países que apresenta maior taxa de venda ou desistência do negócio no período em análise, sendo vencido apenas por Hong Kong, EUA e EAU. O principal motivo apontado pelo grupo dos que mais desistem é o facto de o negócio não ser rentável, logo seguido de motivações pessoais. No grupo dos países de médio e baixo rendimento é maior a fatia dos que abandonam o negócio por não ser rentável e por dificuldades de financiamento. 23% da população activa portuguesa revela intenção de empreender por ter uma percepção positiva das suas capacidades nesta área. O medo de falhar, porém, impede 37% de dar início ao negócio, reduzindo para apenas 10% os que têm intenções de iniciar actividade empreendedora nos próximos 3 anos.

 

Relatório Global de Empreendedorismo 2007

 

Análise retirada de BES Inovação, Abril 2008.

 


Licenciado e Mestre em Gestão de Empresas. Presidente da Gesbanha, S.A., especialista em capital de risco e empreendedorismo, investidor particular ("business angels") e Presidente da FNABA (Federação Nacional de Associações de Business Angels). Director da EBAN e da WBAA

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