Quais os principais motivos que podem levar uma empresa a recorrer ao Private Equity?

Importa antes de mais referir que em Portugal e na generalidade dos países europeus muitas pequenas empresas são negócios familiares com o principal objectivo de fornecer um bom nível de vida e satisfação de trabalho aos seus proprietários. Normalmente, estes negócios não são adequados ao investimento de capital de risco, pois é improvável que forneçam os potenciais rendimentos financeiros para despertarem o interesse de um investidor externo. Os negócios “empreendedores” distinguem-se dos outros pelas suas aspirações e potencial de crescimento, em vez de ser pela sua dimensão actual. Esses negócios estão virados para um rápido crescimento até uma dimensão significativa. A não ser que um negócio possa oferecer a possibilidade de um crescimento significativo no espaço de cinco anos, não é provável que uma empresa de “Private Equity” se interesse por ele. Os capitalistas de risco só estão interessados em empresas com elevadas possibilidades de crescimento, que são geridas por equipas experientes e ambiciosas capazes de transformar o seu plano de negócios em realidade. Diria por isso que um Empreendedor que responda positivamente às questões seguintes estará certamente interessado em ser alvo de uma potencial abordagem por parte de um Operador de Private Equity seja ele especializado em Venture Capital, Expansion Capital ou mesmo Buy – Outs/In : · A empresa apresenta boas perspectivas de crescimento e tem, juntamente com a sua equipa, a ambição para a fazer crescer com rapidez? · A sua empresa possui um produto ou serviço com vantagem competitiva ou um ponto de venda com características únicas? · Tem, juntamente com a sua equipa, experiência relevante no sector industrial em questão? Tem um líder óbvio e uma equipa com áreas complementares de conhecimento, como gestão, marketing, finanças, etc? · Está disposto a vender parte das acções da sua empresa a um investidor de capital de risco?


Licenciado e Mestre em Gestão de Empresas. Presidente da Gesbanha, S.A., especialista em capital de risco e empreendedorismo, investidor particular ("business angels") e Presidente da FNABA (Federação Nacional de Associações de Business Angels). Director da EBAN e da WBAA

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