Candidaturas de Business Angels ao novo Fundo de Co-Investimento lançado pelo Programa COMPETE, ultrapassam as expectativas

Mais de 2 centenas de Business Angels disponíveis para investir, mais de 15 milhões de euros  em empresas inovadoras

 A FNABA (Federação Nacional de Associações de Business Angels) congratula-se com o enorme êxito que foi o período de candidaturas à Linha de Financiamento de Co-Investimento de Business Angels, lançado pelo Programa Compete, cujo prazo de candidatura, iniciado a 31 de Agosto, terminou na passada sexta feira, 30 de Outubro.

Apesar do actual clima económico, a elevada adesão dos Business Angels, superando inclusive as melhores expectativas da FNABA, é a prova de que perante programas correctos, os Business Angels dizem presente, tal como acontece noutros países europeus.

Em Portugal, os empreendedores com projectos válidos terão agora como investidores algumas dezenas de sociedades constituídas por Business Angels a quem apresentar os seus projectos empresariais.

A FNABA reconhece ainda que o empenho do Programa Compete, do IAPMEI e da Caixa Capital permitiu que a figura de Business Angel fosse eficazmente comunicada e alargada a todo o território nacional.

Após inúmeras sessões de apresentações de Norte a Sul do país, co-organizadas pelas dez associações que constituem a FNABA, a sua Direcção congratula-se com o facto do número de candidaturas ter ultrapassado largamente a meia centena de candidaturas, quando à partida só seriam aprovadas 20 candidaturas.

A dispersão geográfica a nível nacional, havendo candidaturas de Business Angels em todas as regiões desde o Algarve até ao Minho, é uma clara mensagem que este movimento de investidores informais não se confina apenas às regiões de Lisboa e Porto.

Segundo Francisco Banha, Presidente da Direcção da FNABA, “os resultados alcançados permitem acreditar que o movimento nacional de Business Angels poderá crescer de forma estruturada e sustentada com benefícios claros para os empreendedores e sociedade em geral.

De facto se todas as candidaturas fossem aprovadas, seriam largamente excedidos os 10 milhões de euros disponibilizados pelo Programa COMPETE, demonstrando que quando existem bons programas, os investidores nacionais disponibilizam-se para investir nas start-ups portuguesas. O alargamento deste programa pioneiro a todas as regiões continentais e autónomas, seria um factor também bastante relevante”.

De acordo com as estimativas da FNABA, considerando a utilização total do fundo disponibilizado (€10 milhões), o investimento por parte dos Business Angels e a Linha de Co-Investimento Complementar disponibilizada, em boa hora, pela Caixa Capital, acrescida pelos fundos mobilizados quer por empreendedores, outros investidores e financiamento bancário que surgirão em cada investimento, prevê-se a “injecção” de um total de 25 milhões de euros que possibilitarão a criação de mais de 100 novas start-ups portuguesas.

A FNABA congratula-se, igualmente, pela elevada transparência e simplicidade registada na fase de implementação do Concurso e pelo investimento e empenho na divulgação do mesmo por parte de todas as entidades envolvidas: COMPETE, IAPMEI, CAIXA CAPITAL e FNABA.

Francisco Banha aponta os próximos desafios: “Após este passo, seria importante, à semelhança do que acontece por exemplo na Holanda, que anualmente em termos de Orçamento de Estado Português fossem afectadas verbas entre os 10 e 30 milhões de euros, para fundos de co-investimento com Business Angels, não dependendo de verbas comunitárias.

Com este enorme sucesso, torna-se cada vez mais evidente a necessidade de se incentivar o investimento dos Business Angels também pela via fiscal (medida reclamada pela FNABA desde 2007), através da dedução ao nível de IRS de 20% dos investimentos feitos por Business Angels em empresas inovadoras, seguindo uma das melhores práticas a nível europeu que é o programa Enterprise Investment Scheme do Governo Inglês”.


Licenciado e Mestre em Gestão de Empresas. Presidente da Gesbanha, S.A., especialista em capital de risco e empreendedorismo, investidor particular ("business angels") e Presidente da FNABA (Federação Nacional de Associações de Business Angels). Director da EBAN e da WBAA

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