Corte com o endividamento

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Partilho consigo um artigo de Pedro Carrilho disponibilizado nesta rede e convido-o a aderir ao Young Entrepreneurs Networkers em www.yenportugal.com .

“O problema de cortar com o endividamento é que Portugal tem já um problema sistémico: o total das dívidas dos portugueses ultrapassa os 129% do seu rendimento disponível (dados do Banco de Portugal, de Abril de 2009). Esta percentagem, muito representativa do endividamento dos particulares, não tem parado de crescer nos últimos 3 anos. O cenário não é melhor quando analisamos a dívida pública Portuguesa, que já conta com mais de 90% do nosso produto interno bruto.

Se pensar abstractamente num crédito ou no que ele representa, ele reflecte, basicamente, o consumo de um recurso futuro no tempo presente. Ou seja, está a canibalizar os seus rendimentos potenciais em detrimento de necessidades ou impulsos de hoje. Mas a vida diz-nos exactamente o contrário: nunca sabemos o que poderá acontecer no dia de amanhã, pelo que mais vale precaver-nos agora para não dificultar ou comprometer o futuro.

Necessita de Dinheiro Emprestado Rapidamente?
Quanto mais facilidade há no acesso ao dinheiro, maior é a taxa de juro cobrada, simplesmente porque o risco de emprestar dinheiro a essa pessoa aumenta. Os créditos pessoais, cartões de crédito e contas ordenado representam algumas das formas de aceder a dinheiro fácil. Se acha que não abusa do seu cartão de crédito lembre-se o simples facto de ter acesso a crédito fá-lo gastar em média 20% mais do que gastaria se não tivesse acesso a dinheiro fácil.

Ironicamente, muitas pessoas preocupam-se mais com as taxas de juro dos depósitos a prazo, dos fundos e dos planos poupança reforma do que com as dos créditos que contraem… Se os depósitos a prazo tivessem taxas semelhantes à maioria dos créditos (entre os 20% e 30%), bastavam 10.000€ e 11 anos para termos 1.000.000€!

Faça uma lista dos seus créditos, ordenados por ordem crescente de dívida. Só ao ter uma lista objectiva é que saberá onde poderá começar a cortar. Não se esqueça de incluir as dívidas com cartões de crédito, contas ordenado, créditos pessoais, crédito habitação, créditos por telefone, crédito automóvel, entre outros.

O segundo passo é parar de pedir dinheiro emprestado! Só se parar de adicionar mais dívidas à sua vida é que conseguirá cortar com todas elas. Este passo ainda é mais difícil quando já está em situações de incumprimento e para pessoas que são desligadas do dinheiro.

O terceiro passo passa por estabelecer um plano para cortar com o endividamento. Depois de listar todos os créditos já saberá por onde deve começar a actuar. Ordene as suas dívidas por ordem crescente, com o pagamento mensal mais pequeno à cabeça.

Não se esqueça que um dos factores mais importantes no crédito é a duração do empréstimo. Quanto mais tempo estiver a pagar o crédito mais juros irá pagar e mais tempo será cliente da entidade que emprestou o dinheiro.

O método mais simples para cortar com o endividamento segue os seguintes princípios:
1. Começar a juntar dinheiro para o pagamento mensal mais pequeno;
2. Amortizar sempre um crédito de cada vez;
3. Poupar sempre o valor do crédito que já foi pago;
4. Fazer uma poupança adicional de valor igual ao crédito seguinte menos o crédito já anulado.

Ao começar por poupar o valor do pagamento mensal de crédito mais pequeno, que é o mais fácil de pagar, poderá criar uma disciplina e motivação para a poupança. A sugestão passa por fazer uma poupança extraordinária no valor do pagamento mensal e amortizar esse valor no primeiro crédito e assim sucessivamente até cortar com as dívidas todas.”



Licenciado e Mestre em Gestão de Empresas. Presidente da Gesbanha, S.A., especialista em capital de risco e empreendedorismo, investidor particular ("business angels") e Presidente da FNABA (Federação Nacional de Associações de Business Angels). Director da EBAN e da WBAA

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