Estar antenado ajuda a criar aquela inovação tão desejada

 

Partilho com os seguidores do meu blog este interessante artigo de Sérgio Tauhata publicado no site brasileiro “Papo de Empreendedor”:

“Ligar o interruptor, um dos gestos mais triviais realizados por pessoas em qualquer parte da Terra, já foi sinónimo de inovação. Corria o ano de 1879 quando o norte-americano Thomas Edison acendeu uma verdadeira reviravolta económica e social. O investigador e empresário patenteou a lâmpada e, ao fazê-lo, lançou luz sobre como aplicar as recentes descobertas em electricidade no dia-a-dia. Não por acaso, criou na época uma empresa que viria a tornar-se um dos maiores conglomerados industriais do planeta, a General Electric (GE).

 

Em pouco tempo, a GE dominou o sector e, na actualidade, é um gigante com actuação em áreas tão distintas quanto aviação e saúde. De lá para cá, a electricidade tornou-se omnipresente na vida das pessoas e trouxe grandes mudanças à sociedade. Iniciou, de facto, a era do consumo na civilização. O frigorífico, por exemplo, criou uma demanda por alimentos frescos. A televisão globalizou comportamentos e traços culturais. E o computador acelerou o ritmo da vida.

Hoje vivemos, de novo, uma revolução nos comportamentos de consumo. Na era da informação instantânea, não existe mais a “enrolação”. Em pouco tempo, os empresários vão ter de encarar um cenário onde todos estarão conectados o tempo inteiro. Isto significa, entre muitas outras consequências, que opiniões – boas e más – vão ser verificadas por qualquer um antes de comprar.

 

A pesquisa de preço também vai ser instantânea. A comparação de funcionalidades entre produtos e serviços, idem. Os clientes vão saber qual a loja tem o melhor atendimento. E qual reúne uma equipa destreinada. Vão reclamar na hora de qualquer tipo de maus tratos, falhas de processo, burocracias e tudo o que atrapalha a vida do consumidor. Isto quando não preferirem comprar on-line.

Tecnologias como GPS, realidade aumentada, mobile commerce (m-commerce), internet móvel, interatividade, 3D, computação em nuvem e redes sociais equivalem para nós ao interruptor do século XIX. Vão dominar o quotidiano do consumo nos próximos anos. A começar por agora.

 

Os desenvolvimentos digitais, na verdade, estão numa corrida para ficarem invisíveis. Quando se tornarem imperceptíveis para nós é o momento em que mais estaremos a utilizar esses recursos. Mas ninguém precisa se preocupar. Não é um campeonato. O ponto é outro: estar atento ajuda a encontrar o seu nicho ou criar aquela inovação tão desejada.

In Papo do Empreendedor


Licenciado e Mestre em Gestão de Empresas. Presidente da Gesbanha, S.A., especialista em capital de risco e empreendedorismo, investidor particular ("business angels") e Presidente da FNABA (Federação Nacional de Associações de Business Angels). Director da EBAN e da WBAA

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