Ano após ano, felizmente, tenho tido o privilégio de chegar a esta altura do ano e – após ter acrescentado à minha experiencia de vida mais algumas dezenas de momentos enriquecedores e inspiradores proporcionados pela interação com gente boa e empreendedora -, partilhar convosco um texto que reflete o meu estado de espírito sobre a importância do papel do empreendedor na sociedade em que vivemos.
Mesmo tendo consciência que o citado texto já é do conhecimento de muitos de vós pretendo com a sua revisitação dar uma palavra de estímulo e de reconhecimento àqueles que por força das suas atividades, convicções, determinação e espírito empreendedor continuam a ser capaz de identificar oportunidades, mobilizar recursos e apresentar resultados, independentemente de o fazerem por conta própria, conta de outrem ou em iniciativas de cariz social.
Muitas felicidades para todos e desfrutem o máximo que for possível com muita paz, saúde e alegria!
Nesta altura de férias em que o mais comum dos mortais aproveita para dedicar algum do seu tempo ao descanso e ao lazer, deparamo-nos, paralelamente, com uma realidade bem distinta no mundo empresarial, nomeadamente ao nível dos empreendedores que gerem pequenas empresas.
Com efeito este tipo de empreendedor debate-se com pressões inevitáveis e incontornáveis de vária ordem a que não será estranha, entre outros aspectos, a concorrência global, a diversidade no local de trabalho, o esforço pela qualidade e competitividade que levam necessariamente a um inevitável e total empenho na sua actividade.
Assim é normal defender-se que a dedicação, a disponibilidade e muito trabalho (no início de 12 a 16 horas dia, não raro 7 dias por semana) são condições fundamentais para a obtenção do sucesso empresarial, pois o empreendedor sabendo o valor do seu tempo, procurará utilizá-lo da melhor forma, trabalhando arduamente na obtenção dos seus objectivos.
Apesar de compreender este tipo de atitude gostaria no entanto de despertar a atenção do empreendedor para a necessidade que o mesmo deve ter de pelo menos uma vez por ano permitir-se, durante um certo período, dispor de algum tempo livre.
Refiro-me, tão somente, ao tempo livre do qual o empreendedor nunca deverá prescindir, sob pena de se transformar numa pessoa excessivamente perfeccionista, com tolerância zero ao fracasso, facilmente irritável, e que no limite acaba por encarar a sua própria família como um obstáculo ao desenvolvimento da sua actividade.
Nesse sentido uma pequena pausa para relaxamento e descompressão, dedicando-a à família e aos amigos, ao exercício de algumas actividades extra-laborais e inclusivamente à criação de um pequeno plano que preveja alterações na rotina (por exemplo aumentando o intervalo entre reuniões e dedicando-se à prática de exercícios físicos) afigura-se como sendo a melhor alternativa para aquando do retorno às suas actividades poder rentabilizar o seu desempenho.
Isto para evitar atingir um ponto de ruptura, provocado essencialmente pelo excesso de trabalho e inerente carga de responsabilidades que se poderão traduzir em sintomas negativos nomeadamente ao nível do foro físico (hipertensão, problemas cardíacos, transtornos gástricos, etc.) e psicológico (stress).
Em resumo, o empreendedor terá que ser enérgico e estar disposto a dedicar longas horas à sua empresa mas sem descurar a importância dos momentos de descompressão que aqui recomendo.