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Entrevista de Castro Guerra, Secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação pelo Jornal de Leiria e disponibilizada online pelo LeiriaEconómica.com. Nesta entevista são abordados, entre outros temas, o QREN, energia, globalização e capital de risco.
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"E quanto ao capital de risco? Há uma adequação deste instrumento ao financiamento associado ao risco da inovação?
Estamos preocupados com os patamares de qualidade dos investimentos e criámos condições para que exista um conjunto de instrumentos de financiamento adequados aos projectos de maior risco. Uma actividade de I&D, nos primeiros anos, tem cash flows negativos. É preciso combinar os incentivos com o capital de risco, para aumentar o capital próprio das empresas, e garantias bancárias para aumentar os seus capitais permanentes. A banca tem dificuldades em emprestar dinheiro a uma empresa sem track-record, em particular se for intensiva em I&D, porque o resultado dos seus projectos pode ser “zero ou um”, resulta, ou não resulta. A partilha de risco ajuda a banca a decidir. No Programa Operacional Factores de Competitividade dispomos de 350 milhões de euros para os instrumentos de Engenharia Financeira: capital de risco, garantias mútuas e titularização de créditos. São instrumentos complementares do crédito bancário convencional e dos incentivos."