Julgo, em primeiro lugar, que existe a necessidade de, através de road-shows locais, dar a conhecer o que é um Business Angel, qual o seu papel na sociedade e que vantagens traz aos empreendedores que queiram lançar o seu negócio, face a todas as outras possibilidades de financiamento.
Só com esta divulgação e consciencialização das comunidades locais, é possível começar o trabalho de criação dos Clubes de Business Angels regionais, compostos, por exemplo, por empresários ou gestores locais que estejam receptivos à análise e financiamento de projectos.
Mas, para um Clube de BA ser bem sucedido e activo é necessário trabalhar, não só no lado da “oferta”, trazendo investidores para o Clube, mas sobretudo, no lado da “procura”, desenvolvendo as diligências necessárias para que o Clube seja uma boa fonte de recepção de projectos, e para isso, é necessário uma forte ligação destes Clubes às Universidades, Centros Empresariais, Centros de Investigação, Incubadoras,…
A organização de um evento de grande dimensão, a nível nacional, que conte com a presença de representantes de países mais desenvolvidos neste sector pode também ser uma óptima forma de dar visibilidade a este conceito e mostrar o que de melhor se faz lá fora, onde muitos dos casos de sucesso que conhecemos tiveram origem no financiamento por BA (Google, Amazon, Body Shop, Skype,…).
Por outro lado, é de vital importância que se crie um enquadramento fiscal favorável a esta actividade, de modo a que o business angel, na hora de decidir entre diversas oportunidades de investimento, opte pelo investimento em start-ups. É assim que países como a França e o Reino Unido têm feito crescer, de forma incrível, a comunidade de BA e a possibilidade de aparecimento das futuras APPLE…