esmo numa altura de (ainda) recessão económica.
Temos exemplos de cidades como Masdar (em Abu Dhabi), a Smart City (em Amesterdão), Curitiba (no Brasil) ou Dongtan (na China). Curitiba é inclusivamente um modelo de referência mundial, amplamente estudado na obra “Natural Capitalism”, de Paul Hawken, Armony Lovins e L. Hunter Lovins.
Grosso modo, podemos afirmar que uma eco-cidade é aquela que garante a sustentabilidade do seu território em torno do equilíbrio dinâmico entre a economia, as políticas públicas e a comunidade. É uma cidade energeticamente eficiente, que usa tecnologias não-poluentes e vive num ciclo de reciclagem permanente.
Mas como pode uma eco-cidade ser uma boa ideia de eco-negócio? Uma eco-cidade exige estudos prolongados de engenharia, arquitectura e design, além de avultado investimento.
A 20 minutos de Hamburgo, na Alemanha, está a ser erigida a cidade de Harburg, através de um sistema de private equity e com fundos estatais. A edificação da cidade está a cargo da empresa TecArchitecture, cifrando-se o total de investimento em 120 milhões de euros. Harburg tem projectada a construção de 10 edifícios que reduzirão o consumo de energia em 30%, pois serão equipados com turbinas com capacidade de aumento da energia existente em 10%. O preço do imobiliário será cerca de 25% mais baixo que na vizinha cidade de Hamburgo. Se assim for, Harburg torna-se um atractivo habitacional, empresarial e industrial.
Todavia, as interrogações quanto às eco-cidades continuam: quantas empresas estão dispostas a investir avultadamente numa eco-cidade? Quantos governos estão igualmente dispostos? Até que ponto um eco-investimento não será um luxo numa economia ainda em recessão?
Acresce ainda o preço do petróleo, se subir, haverá maior procura de eco-soluções urbanas. Na eventualidade de haver mais incentivos de vários tipos, será que vamos assistir a uma generalização das eco-cidades?
Independentemente destas incertezas, parece haver um interesse cada vez maior em eco-projectos, os governos vão progressivamente adoptando a “agenda verde”. Afinal, mesmo em tempo ainda de crise, os eco-projectos são geradores de postos de trabalho. As grandes empresas mundiais- como a IBM ou a Accenture- começam a ter participações significativas em eco-projectos de urbes.
A verdade é que desconhecemos como vai ser a cidade do futuro; mas possivelmente será uma cidade melhor, onde o ambiente se constitui como um negócio sustentável e responsável.
Saiba mais em:
www.tecarchitecture.com/en/32-eco-city-h