O meu amigo e seguidor deste blog, Jorge Pires, mandou-me esta manhã um email, expressando a sua preocupação perante a notícia que leu hoje no Jornal de Notícias, “Desemprego dispara entre gerentes de PME”. Subscrevo integralmente esta preocupação, num país onde o empreendedorismo em termos legais e de protecção social não é, de todo, estimulado. É frequente que as falências de PME venham numa idade em que o seu Gerente dificilmente se consegue empregar no mercado de trabalho. Agradeço esta reflexão ao Jorge Pires e partilho-a de seguida.
“A partir da manchete da primeira página de hoje do Jornal de Notícias e seu desenvolvimento na respectiva página Web reflicto sobre a necessidade de haver subsídio de desemprego para o gerente que, normalmente, é o próprio empreendedor. Sem querer com isto fomentar a subsídiodependência sobre o escravizado Estado.
Num país, de acordo com estudos, em que há das maiores taxas mundiais de desejo de empreendimento de negócio próprio mas em que o risco associado inibe bastante essa iniciativa (mas já esteve pior), seria bom haver uma protecção social caso algo corra mal e resulte em falência. Essa rede de segurança poderia fazer aumentar a criação de empresas.
Afinal o empreendedor é quem mais arrisca e é quem indubitavelmente mais perde se o empreendimento não resultar bem. Os seus empregados podem ficar bem com as indemnizações a quem têm direito e o dono do negócio pode ficar com quase nada.
Naturalmente que terão de haver regras rígidas para esse subsídio de desemprego para evitar a fraude (que se constata por parte de alguns ex-trabalhadores por conta de outrem), mas suponho que seja só uma questão para os juristas trabalharem. Afinal Portugal era dos países que mais tempo demorava a formar legalmente uma empresa e, de repente, com o Simplex, passámos para o topo mundial da rapidez. Foi só usar massa cinzenta e criatividade!”
Conheça o artigo do Jornal de Negócios que originou esta reflexão:
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/I