Quando não há é que se Inventa

artigo de opinião de Ferreira Fernandes in Diário de Notícias, 8/07/08

 

Na batalha do Marne, no começo da I Guerra Mundial, ainda a infantaria francesa vestia calças vermelhas.

 

Só quando começaram a cair que nem tordos, e os generais ficavam sem homens, se inventaram os tons baços das fardas das guerras modernas. Ficar sem, deixar de ter, tem sido o grande combustível dos avanços da história. Aliás, começamos assim: o homem a andar de pé nasceu do lado do Corno de África das selvas, com frutos à mão de semear, continuamos chimpanzés.

 

A necessidade aguçou sempre o engenho. O fim das baleias, cujo óleo iluminava as cidades, levou à invenção da lâmpada eléctrica. A charrua apareceu depois da peste negra, que dizamara os camponeses medievais.

Esta semana, quando vi chegar à cimeira do G8 o primeiro-ministro japonês, yasuo Fakuda, e a mulher, cada um conduzindo um sofá pessoal com três rodas, o Toyota i-Real, que anda a pilhas, fiz o que havia para fazer. Vendi as minhas acções nas companhias petrolíferas.


Licenciado e Mestre em Gestão de Empresas. Presidente da Gesbanha, S.A., especialista em capital de risco e empreendedorismo, investidor particular ("business angels") e Presidente da FNABA (Federação Nacional de Associações de Business Angels). Director da EBAN e da WBAA

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