Global Education Initiative

 

Leitura obrigatória.

Parabéns pela participação na elaboração do relatório de Shailendra Vyakarnam, do Centro de Aprendizagem Empreendedora, Universidade de Cambridge que participou no nosso Venture Capital IT da Gesventure de 2004 realizado em Lisboa.

O texto que se segue foi retirado do website IT Careers (Portal Terra Brasil), estando o original disponível em inglês no seguinte link:

http://www.weforum.org/en/media/Latest%20Press%20Releases/PR_EEreport

 

A Iniciativa Global de Educação (GEI) do World Economic Forum, divulga hoje o relatório, Educando a Próxima Geração de Empreendedores. Baseado na missão da GEI de ajudar os países a implementar sistemas educacionais sustentáveis, graduais e relevantes, o relatório oferece recomendações específicas para o setor acadêmico, privado, público e sem fins lucrativos para colaborar no desenvolvimento de ecossistemas empreendedores, nos quais a educação é um dos principais alicerces. O relatório ainda destaca a importância da educação em empreendedorismo para aprimorar habilidades, atitudes e comportamentos necessários para criar empregos, gerar crescimento econômico, melhorar o bem estar da sociedade e estimular a inovação para enfrentar desafios globais.

 

“Mobilizando mais de US$ 100 milhões em recursos e envolvendo mais de 1,8 milhão de estudantes e professores em iniciativas nacionais, a GEI já demonstrou o potencial de colaboração e parcerias. Nesse importante período econômico, esperamos que o relatório represente mais um incentivo para criar os ecossistemas empreendedores que precisamos para impulsionar a próxima onda de inovação e crescimento”, afirmou Alex Wong, Diretor Sênior e Chefe da Iniciativa Global de Educação, do World Economic Forum.

O relatório retrata as práticas educacionais mundiais em empreendedorismo, que incluem jovens (especialmente os menos privilegiados), educação superior (focando empreendedorismo de alto crescimento) e inclusão social (ênfase em comunidades marginalizadas). É a primeira vez que a educação em empreendedorismo foi abordada de uma maneira tão abrangente.

Enquanto avanços bem-sucedidos foram constatados para aumentar habilidades empreendedoras, não houve uma abordagem sistemática para aproveitar esses resultados e promover abordagens efetivas que avançassem e implementassem a educação em empreendedorismo. Está na hora de colocar a educação de empreendedorismo na agenda global. As principais recomendações do relatório são:

· Transformação do sistema educacional – As instituições de educação em todos os níveis (primário, secundário, superior, vocacional) devem adotar métodos e ferramentas do século 21, entre as quais abordagens multidisciplinares e métodos de ensino interativos para incentivar a criatividade, inovação, pensamento crítico, reconhecimento de oportunidades e conscientização social. Isso requer uma reestruturação fundamental do processo educacional. O mundo acadêmico deve inserir o empreendedorismo não somente nos currículos, mas também na doutrina institucional. As metas, as políticas, os resultados, as estruturas e o reconhecimento devem incentivar as abordagens educacionais necessárias para as gerações atuais e futuras de estudantes. Legisladores e governos devem criar planos ousados para a educação de empreendedorismo tanto nacional como regionalmente. O setor privado deve trabalhar em conjunto com governos e o mundo acadêmico para apoiar essa transformação do sistema educacional.

· Construir o ecossistema empreendedor – O empreendedorismo cresce em ecossistemas nos quais várias partes desenvolvem papéis chave. As instituições acadêmicas são a peça central na educação em empreendedorismo. Ao mesmo tempo, agentes externos ao sistema educacional são cada vez mais importantes na sua interação com programas educacionais formais e informais e na aproximação com grupos específicos que são menos favorecidos ou que sofrem exclusão social. Os legisladores devem criar as estruturas regulatórias necessárias para as novas empresas, para os negócios em crescimento, os contratos de emprego e a propriedade intelectual. As instituições acadêmicas devem fortalecer suas ligações com o setor privado para aumentar a exposição dos seus alunos a exemplos práticos e da vida real de empreendedorismo, incentivando um ambiente propício para eles. O setor privado e os grupos sem fins lucrativos devem estimular e apoiar programas que abrangem grupos menos favorecidos como mulheres, minorias e pessoas desfavorecidas e deficientes físicos.

· Buscar resultados e impactos concretos – As metas e o impacto da educação em empreendedorismo devem ser mais claros, baseados numa série de resultados abrangentes, não somente medidas estreitas como o número de novas empresas . A mensuração mais efetiva ainda precisa de dados mais concretos. Hoje, não existe um volume suficiente de pesquisas empíricas e de longo prazo a respeito da educação em empreendedorismo e seu impacto. As instituições acadêmicas precisam criar padrões para currículos e pesquisas de empreendedorismo, além de elaborar uma estrutura clara de resultados desejados e medidas para rastreá-los. Os legisladores devem incentivar e apoiar estudos e a coleta de dados sobre educação em empreendedorismo. O setor privado, as fundações e outros agentes podem aumentar a conscientização da importância do empreendedorismo compartilhando casos e dados a respeito de práticas efetivas da educação em empreendedorismo.

· Usar a tecnologia como facilitador – O desenvolvimento simultâneo de TCI e da mídia mudou o cenário, criando oportunidades para maior acesso e escala na educação em empreendedorismo. Os resultados para o  crescimento empresarial e da educação empreendedora devem ser aproveitados, especialmente em países em desenvolvimento onde o fator escala é fundamental. Os legisladores e o mundo acadêmico devem apoiar a evolução  da tecnologia como ferramenta e canal de educação, disponibilizando a infra-estrutura de TCI, hardware e software em instituições educacionais e centros comunitários. O setor privado pode oferecer sua experiência e firmar parcerias com educadores e instituições para criar ferramentas on-line efetivas e material educacional com relevância local.

 

O relatório também será analisado durante as sessões das cúpulas regionais de 2009 do Forum, que serão realizados no Oriente Médio, África e Índia. Os principais tomadores de decisões na área educacional e os participantes das cúpulas devem considerar as recomendações do relatório dentro do contexto da sua região. “As oficinas realizadas durante as principais cúpulas regionais devem gerar uma oportunidade para legisladores, educadores e participantes para aproveitar a plataforma do Forum e avançar na educação de empreendedorismo na sua região”, comentou Ana Sepulveda, Gerente de Projeto e Conselheira de Liderança Global, da Iniciativa Global de Educação.

Os seguintes autores colaboraram para a produção do relatório pela GEI: Steve Mariotti e Daniel Rabuzzi, da Fundação Nacional para Ensino de Empreendedorismo (capítulo de Jovens), Christine Volkmann, da Bergische Universität Wuppertal (capítulo de Educação Superior), Shailendra Vyakarnam, do Centro de Aprendizagem Empreendedora, Universidade de Cambridge (capítulo de Inclusão Social) e Karen E. Wilson, da GV Partners (resumo executivo, recomendações, Comitê Diretor, estudos de caso e consolidação do relatório completo). O relatório foi patrocinado pela AMD, Cisco, Goldman Sachs, Intel e Microsoft Corporation.


Licenciado e Mestre em Gestão de Empresas. Presidente da Gesbanha, S.A., especialista em capital de risco e empreendedorismo, investidor particular ("business angels") e Presidente da FNABA (Federação Nacional de Associações de Business Angels). Director da EBAN e da WBAA

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