Tipos de apoio à internacionalização

A rápida internacionalização que é exigida às start-ups lhes coloca imensos desafios tornando-se por isso evidente que os sistemas de apoio tradicionais, normalmente sequenciais e incrementais, para a internacionalização, não são adequados o que faz pressupor a emergência de novos tipos de apoio proporcionados por entidades especializadas que prestam os seguintes serviços, normalmente em regime de outsourcing:

Preparação da internacionalização tendo em vista aceder rapidamente ao potencial de mercado e ao conhecimento da concorrência de modo a seleccionar o segmento ou o nicho geográfico mais atractivo. Uma vez que a experiência não se herda nem se doa em testamento, tal como nos ensinou o poeta Jorge Amado, torna-se importante que o empreendedor tenha possibilidade de ter acesso aos citados serviços pois isso permite-lhe uma compreensão da dimensão do mercado, taxa de crescimento, principais grupos de consumidores e barreiras à entrada.

Penetração no mercado, através do conhecimento detalhado do mercado seleccionado torna-se mais fácil validar a oportunidade de negócio identificada fruto do acesso aos clientes, parceiros e canais de distribuição principais do mercado alvo. Os facilitadores de negócios locais, com histórico comprovado trabalham com a equipe do empreendedor tendo em vista conhecerem as pessoas certas, tomar as decisões certas e implementá-las na maneira mais correcta para esse mercado. Uma estratégia bem planeada focar-se-á nos recursos e energias da empresa, permitindo uma entrada no mercado internacional com maior probabilidade de sucesso.

Angariação de Capital, para financiar o crescimento internacional “explosivo”, as start-ups precisam de obter uma estrutura de capitais que lhes permita não só financiar o seu plano de expansão internacional mas também manter tudo o resto em perfeito funcionamento. As entidades especializadas no processo de angariação de capital de risco apoiam o empreendedor nas relações com os investidores querem estes actuem no mercado nacional quer internacional, de forma a obterem os recursos necessários ao suporte da sua estratégia de internacionalização. Estes “venture catalyts”  têm canais directos de acesso aos investidores indo ao ponto de ajudar os empreendedores a identificarem gestores locais que proporcionem a esses investidores a confiança necessária, à implementação da estratégia definida, e consequentemente uma diminuição dos riscos que se encontram associados à entrada em mercados até então desconhecidos para o empreendedor português.

 

 


Licenciado e Mestre em Gestão de Empresas. Presidente da Gesbanha, S.A., especialista em capital de risco e empreendedorismo, investidor particular ("business angels") e Presidente da FNABA (Federação Nacional de Associações de Business Angels). Director da EBAN e da WBAA

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