É preciso apoiar a agricultura ou «a tradição acaba por morrer», afirmou ontem o presidente da Câmara de Penela, na abertura da 3.ª Feira de Produtos Endógenos e Gatsronomia
A tónica nesta 3.ª edição da Feira de Produtos Endógenos e Gastronomia de Penela está centrada nos agricultores. Por isso mesmo, o convidado para abrir ontem o certame foi o director regional de Agricultura e Pescas do Centro que, de Penela, levou o recado de que o sector primário tem de ser mais apoiado, ou «a tradição acaba por ser perder», como referiu o presidente da Câmara de Penela, na sessão de abertura do certame, que se prolonga até domingo.
«É preciso empenhamento do ponto de vista político em relação à agricultura», afirmou Paulo Júlio, realçando todo o trabalho que o município de Penela tem vindo a fazer na defesa e promoção do sector primário que, de resto, é visto como uma das alavancas para o desenvolvimento do concelho. «Criámos o Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Rural para valorizar o trabalho dos agricultores e apoiar o empreendedorismo ligado à agricultura», exemplificou o autarca, que entende que a agricultura tem de deixar de ser vista como «coisa para os pobrezinhos» e ser encarada como «uma actividade que pode gerar riqueza».
Um ponto de vista partilhado pelo director regional de Agriculturas e Pescas do Centro que, afirmou que agricultura também significa empreendedorismo. «O mundo rural não é um espaço para morrer. Está em transformação. Temos pessoas idosas, é certo, mas ao mesmo tempo este é um espaço de oportunidades e crescimento», afirmou Rui Moreira, considerando que a agricultura «não é um bem para ser desaproveitado» e, perante um cenário de mudança à escala global, «vai ter um papel importante no futuro», assegurou, lembrando que «nós não comemos globalização».
[…]