A Associação Empresarial para a Inovação vai apresentar, em breve, um estudo que indica 50 medidas de combate à economia informal. O documento foi desenvolvido pela Universidade Católica, núcleo do Porto.
"A economia informal é um factor que distorce, e os que não funcionam de acordo com os princípios básicos já representam 25% do PIB em Portugal", afirmou, ontem, o presidente da COTEC – Associação Empresarial para a Inovação, Artur Santos Silva.
Com o intuito de combater este malefício, a COTEC vai apresentar um estudo, cujos responsáveis foram Miguel Cadilhe e Alberto Castro, "onde são enunciadas 50 medidas que podem contribuir para alterar esta situação menos desejável na economia portuguesa", referiu Artur Santos Silva, acrescentando que esta é uma das iniciativas mais recentes da Associação.
A outra iniciativa está a ser desenvolvida com o apoio da McKinsey (empresa de consultadoria), que passa "pelo redesenho da engenharia das instituições do sistema de justiça". Não se trata da "reforma da justiça", referiu o presidente da COTEC, mas sim a forma como se trata todo um processo, "porque um Estado melhor e mais eficaz é fundamental".
Artur Santos Silva falava num seminário, que decorreu no Porto, subordinado ao tema "Portugal inovador – Estratégias empresarias de sucesso", onde esteve também Daniel Bessa, da Escola de Gestão do Porto.
Daniel Bessa salientou, com felicitações, o facto de nenhuma das empresas convidadas a participar ter feito o discurso "de pedir ajudas ao Estado. O que é uma evolução enorme na economia e sociedade portuguesa".
O professor fez referência também à questão do financiamento, afirmando que se o "Estado quer apoiar uma empresa, porque acredita, tem de o fazer com capital de risco, porque a nível de desenvolvimento o fundo perdido não faz sentido". Além disso, aconselhou as empresas a procurarem um "operador de capital de risco a nível global".