Proponho a leitura de um excerto de um artigo de opinião do Eng. Mira Amaral, editado pelo Diário Económico, intitulado Betão e crescimento económico. O artigo dedica-se a analisar a substituição dos factores físicos de produção da era industrial pelo capital intelectual
A economia clássica reconhecia basicamente dois factores de produção: trabalho e capital. O crescimento económico era então feito à custa dos factores físicos de produção, os quais têm rendimentos marginais decrescentes e por isso havia limites para o constante aumento de taxa de crescimento, chegando-se a uma estabilização dessa taxa, como o modelo de Solow explica.
É nessa situação que está a economia portuguesa e por isso estabilizámos no crescimento económico anémico que temos tido e vamos infelizmente continuar a ter. Com efeito, tivemos no passado recente um modelo de crescimento extensivo, impulsionado pelos fundos comunitários que financiaram o betão e portanto apostou-se muito em factores físicos de produção. Esse modelo (a aposta no betão) era necessário para a construção das infra-estruturas de que o país necessitava. Só que essa fase está ultrapassada, sem prejuízo de ainda se poderem e deverem fazer selectivamente alguns projectos de que necessitamos mas para os quais se impõe uma rigorosa análise custos-beneficios.
Para ler o artigo na íntegra consulte o site : diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioec