Congratulo-me com a iniciativa da Comissão Europeia que visa apostar fortemente na investigação na área das tecnologias da informação e comunicação (TIC). Nesse sentido, apelou recentemente ao Parlamento e ao Conselho que tomem medidas que permitam a redução da burocracia administrativa e aumentem a flexibilidade na criação de parcerias público-privadas, de forma a atrair capital de risco para a investigação de alta tecnologia.
Nove mil milhões de euros é o montante que a Comissão está disposta a investir na investigação de alta tecnologia entre 2007 e 2013. A aposta da instituição surge depois de o relatório dirigido pelo antigo primeiro-ministro finlandês, Esko Aho, revelar que a investigação tecnológica europeia pode ser mais competitiva se contar com o apoio de grandes empresas que garantam a comercialização dos produtos e serviços resultantes dos estudos desenvolvidos.
O desejo de atrair investimentos para a investigação na área das TIC justifica-se por estas serem “o principal factor de inovação e desenvolvimento da economia global”, disse em comunicado a comissária da UE para a Sociedade da Informação e Meios de Comunicação, Viviane Reding. Além disso, “a investigação europeia nas TIC tem de ter resultados no crescimento, emprego e competitividade”, afirmou a comissária.
Mas o “relatório Aho” demonstra que o investimento europeu na investigação e inovação nas TIC está abaixo do que é feito em média no resto do mundo. Enquanto na UE, as TIC representam 25 por cento do total das investigações, em todo o mundo 33 por cento dos estudos dedicam-se a esta área.
A Comissão Europeia iniciou hoje uma consulta pública, que decorre até 7 de Novembro, com o objectivo de definir novas estratégias para reforçar a posição da Europa na investigação e inovação no domínio das TIC.
texto baseado num artigo do jornal Público: economia.publico.pt/noticia.aspx