A ASK foi criada em 2006, em Portugal, como gestora de fundos de capital de risco e prestando serviços de banca de investimento para o setor das Pequenas e Médias Empresas e para empresas inovadoras com elevado potencial de crescimento.
"A ASK Brasil vai ter um modelo de negócio semelhante ao já existente em Portugal, exercendo a atividade de capital de risco e prestando assessoria financeira independente junto de pequenas e médias empresas a atuar no mercado brasileiro", refere a empresa em comunicado.
"O crescente desenvolvimento econômico, a dimensão do universo de pequenas e médias empresas e a network já estabelecida justificam a expansão do negócio para o Brasil que resultou num investimento inicial de 500 mil euros".
Além do escritório em São Paulo, a ASK mantém parceria com o português ISQ (Instituto de Soldadura e Qualidade) que tem uma representação em Belo Horizonte e que irá colaborar com a ASK Brasil na avaliação de oportunidades de investimento.
De acordo com o administrador-delegado da ASK, Nuno Fernandes Thomaz, "a decisão de iniciarmos a internacionalização para o Brasil já fazia parte da estratégia de crescimento da ASK há algum tempo", noticiou a AF.
"Após o aumento de capital em julho foi possível reunirmos as condições necessárias para anteciparmos esta operação para setembro. Paralelamente a esta operação, está em cima da mesa a abertura ainda este ano de um escritório noutro país".
Em julho, a Advisory Services Kapital (ASK) aprovou em assembléia geral um aumento de capital de 4,5 milhões de euros que visa financiar a evolução para banco de negócios, com o alargamento dos serviços prestados, e avançar com o projeto de internacionalização.
Com o aumento de capital, a ASK recebeu 17 novos acionistas, que têm uma participação de 20%. Henrique Granadeiro, presidente do conselho de administração da Portugal Telecom, Jorge de Mello, presidente do grupo Nutrinveste, Paulo Santo, presidente do grupo ASanto, e Sérgio Pena Dias, da Chipidea, são alguns dos novos acionistas, informou na altura a imprensa portuguesa. Entraram também para o capital da ASK dois investidores brasileiros, que "têm bastante liquidez e uma boa rede de contactos no Brasil", disse aos jornalistas Nuno Fernandes Thomaz.
De acordo com o administrador da ASK, a estratégia de internacionalização passa por "encontrar parceiros locais fortes" e por "replicar nos outros países o modelo de negócio em Portugal".
Em junho deste ano, a ASK lançou em Portugal uma empresa na área do imobiliário, a ASK-Real Estate, que presta serviços de assessoria financeira a PME em três áreas de negócio: estruturação de projetos imobiliários, financiamento de projetos imobiliários e otimização fiscal.