![]() |
No passado dia 22 de Maio estive, enquanto orador, na semana do empreendedorismo da Sertã. Foi com um enorme regozijo que ouvi as palavras da Sra. Governadora que passo a citar:
«Quero, em primeiro lugar, agradecer a amabilidade do convite para a abertura deste colóquio que versa o tema “Empreendedorismo e Financiamento".
Não é tema que domine bem, já que, a minha formação académica é no domínio de Direito.
Todavia, o conhecimento, a iniciativa, a ambição, a inovação, o espírito de risco e o sentido do longo prazo, são os ingredientes que fazem a diferença entre os que têm ideias para criar e que se envolvem na sociedade, e os outros só com ideias, mas com a incapacidade para as materializar.
O empreendedorismo, tem muito a ver com a própria história do desenvolvimento dos povos.
Em pinceladas largas, dir-vos-ei que a agricultura foi o primeiro campo onde surgiram os primeiros empreendedores. Quem tinha terra inventava e inovava para dela tirar o máximo rendimento e tinha o poder.
À agricultura, seguiu-se o comércio e a industrialização com o surgimento de novos espíritos inovadores, na maneira de comunicar, rasgando novos horizontes na procura de novos mercados e novas ideias de desenvolvimento, abrindo caminho à internacionalização com acesso a uma informação ainda limitada.
Hoje vivemos um mundo diferente. Vivemos à escala global. O empreendedor tem mais informação porque todos temos acesso a ela. Temos mais mobilidade que nunca, por via da inexistência das fronteiras e com a conexão existente entre todos os povos.
A informação chega a toda a gente ao mesmo tempo.
Um espírito empreendedor tem de saber interpretar essa informação já que, tem todos os factores á sua disposição e deve ter uma capacidade criativa e inovadora, capaz de criar uma cadeia de valor.
Mas, o empreendedorismo também tem a ver com a quebra de ciclos, com a alteração do STATUS QUO no sentido de aproveitar as oportunidades do mercado, depois de as identificar.
Tem a ver com a descoberta que possa estar subjacente ao processo de inovação, que é função específica do empreendedorismo.
Para se ser empreendedor não é preciso ter uma personalidade especial: apenas um empenhamento pessoal numa prática sistemática de inovação.
Também não é preciso viver no litoral. No interior tivemos e temos grandes empreendedores que quiseram ser empreendedores na sua terra.
A terminar desejo a todos os jovens que frequentaram este projecto um futuro muito produtivo, enriquecedor e empreendedor.»