No final do ano, é usual fazermos balanços e daí tirarmos as nossas conclusões, num exercício de reflexão e questionamento a la longue.
O INE- Instituto Nacional de Estatística divulga ao público a “Demografia das Empresas”, uma síntese informação de estatística descritiva sobre o empreendedorismo em Portugal no triénio de 2004-2007.
Os dados estatísticos divulgados pelo INE baseiam-se no cálculo de indicadores definidos pela OCDE (EIP- Programa dos Indicadores do Empreendedorismo), em conjunto com o Eurostat. A estrutura proposta por estas entidades permite comparações a nível internacional entre os vários países e assenta num modelo de análise tripartido: determinantes (factores determinantes da performance empreendedora); performance empreendedora (acções que conduzem à consecução de um objectivo); efeitos (medição do valor criado pelo empreendedorismo).
Em Portugal, como todos sabemos, existe propensão para a criação de negócios por motivações variadas, sendo a mais citada a “vontade de ser o próprio patrão”.
No triénio de 2004-07, o sector dos serviços foi o que registou um maior crescimento e dinamismo, uma vez que registou a maior natalidade, mas também a maior mortalidade. O sector dos serviços caracteriza-se pelos custos reduzidos de entrada e saída do mercado. O sector industrial, por seu turno, revelou a maior permanência no mercado, sendo o sector com menor mortalidade empresarial. As empresas de elevado crescimento são maioritariamente no sector industrial, apesar de haver elevados crescimentos no sector dos serviços.
Portugal registou a terceira maior taxa de natalidade empresarial na Zona Euro em 2005 e, em paralelo, registou a maior taxa de mortalidade empresarial em 2006.
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