Business Angels membros das Associações da FNABA, com 40 candidaturas aprovadas, serão responsáveis por 50 milhões de euros para investimento em start-ups nos próximos 3 anos
São já conhecidos os números finais dos grupos de Business Angels (Entidades Veículo) cujas candidaturas foram aceites para efectuarem investimentos em sindicação com o Fundo de Co-Investimento disponibilizado pelo Programa COMPETE (Aviso n.º 05/SAPFRI/2009).
Das 50 Entidades Veículo (E.V.) a criar, 80% serão lideradas por Business Angels das Associações membros da FNABA. Em termos regionais, as aprovações repartiram-se pelo Business Angels Club (Lisboa), Clube de Cascais, Invicta Angels (Porto), Centro Business Angels (Coimbra), Vima Angels (Guimarães), Alenbiz (Évora), Associação de BA da Covilhã e Associação de BA de Santarém, com respectivamente 10, 9, 8, 5, 4, 2,1 e 1 Entidades Veículo.
O montante de investimento apoiado pelo QREN no âmbito da FNABA eleva-se a 20 milhões de euros, ao qual se juntam 10 milhões por parte dos cerca de 200 Business Angels que se encontram associados nas citadas E.V. A este montante acrescerão os investimentos a realizar pelos respectivos Empreendedores e ainda o financiamento bancário directo às empresas que serão alvo dos investimentos por parte das citadas E.V. Na sua totalidade, estima-se que sejam investidos até ao final de 2012, por business angels das redes membros da FNABA, cerca de 50 milhões de euros em start-ups.
A dotação inicial do QREN para este Fundo era de 10 milhões de euros, mas foi revisto e aumentado para 25 milhões, dando assim resposta ao elevado número de candidaturas apresentadas por Business Angels que, mesmo assim, esgotaram o fundo disponível.
Tal como o fundo, espera-se que o Programa Complementar de apoio a este Fundo de Co-Investimento criado pela Caixa Capital, inicialmente de 1,5 milhões de euros, seja reforçado permitindo a esta sociedade de capital de risco constituir-se como a que mais directamente se associa à forte dinâmica da actividade dos Business Angels em Portugal, e consequentemente a que mais investe em projectos de venture capital.
Segundo Francisco Banha, Presidente da FNABA “foi dado um importante estímulo para que muitos Business Angels se tornem activos investidores nas fases de seed capital e start-up.
Francisco Banha acrescenta ainda que “esta iniciativa assenta no co-investimento público-privado que se estende do Governo e Business Angels à banca e aos Empreendedores, que faz colocar em muitas mãos o sucesso da presente iniciativa. O modelo aplicado foi já testado na Holanda (Techno Partners) com sucesso, estando um programa similar de co-investimento a ser desenvolvido também no Reino Unido (UK Innovation Investment Fund), o que nos faz acreditar que só há um caminho possível – o do Sucesso!”
Estima-se que os primeiros investimentos venham a ser realizados durante o segundo trimestre de 2010 uma vez que os próximos três meses deverão ser dedicados às questões formais associadas à Governance das E.V. seleccionadas.
Apesar do mérito inquestionável desta importante iniciativa, implementada pelo Governo Português, nomeadamente através do Programa Compete, IAPMEI e PME INVESTIMENTOS, na dinamização da actividade de Business Angels, Francisco Banha salienta no entanto que “as melhores práticas internacionais recomendam a adopção de mecanismos fiscais que atraiam mais investidores capazes de estimular os empreendedores a obterem sucesso na criação e expansão dos seus negócios à escala global. Nesse sentido não deixa de recordar que desde há 2 anos que a FNABA vem sensibilizando o governo Português para a importância e relevo económico de uma correcta política fiscal de incentivo à actividade de BA tendo por isso a forte convicção que o próximo Orçamento do Estado possa vir a contemplar uma resposta concreta às pretensões de toda a Comunidade de BA portuguesa.
Não sei porquê amigo Francisco, mas acredito mais nesta variante dos Business Angels do que no Venture Capital puro e duro como forma de alavancar o empreendedorismo em Portugal.
Para já tem o mérito de permitir que os empreendedores beneficiem de verdadeiro know-how de gestão, que é o que tantas vezes nos falta.
Um abraço.