“Nós só queremos ser felizes, sem fazer mal a ninguém…” foi o mote do desafio poético que caraterizava a peça de teatro apresentada à comunidade, pelos alunos do 1º ciclo, no âmbito do Programa de Educação para o Empreendedorismo promovido pelo Município de Oeiras.
Proporcionar aos nossos miúdos a concretização desse desejo, de serem felizes, facultando-lhes ferramentas necessárias para que procurem ter ideias, sejam inovadores, tenham a possibilidade de poderem tomar conta de si próprios, tomando as opções que os tornem mais felizes é um direito elementar de cidadania que não deve deixar de merecer reflexão e ação individual e coletiva.
De facto enquanto processo educativo, a educação para a cidadania visa contribuir para a formação de pessoas responsáveis, autónomas, solidárias, que conhecem e exercem os seus direitos e deveres em diálogo e no respeito pelos outros, com espírito democrático, pluralista, crítico e criativo.
A escola constitui um importante contexto para a aprendizagem e o exercício da cidadania e nela se refletem preocupações transversais à sociedade, que envolvem diferentes dimensões da educação para a cidadania entre as quais a educação para o empreendedorismo.
Sendo estes temas transversais à sociedade, a sua inserção no currículo requer uma abordagem transversal, tanto nas áreas disciplinares e disciplinas como em atividades e projetos, desde a educação pré-escolar ao ensino secundário.
A aquisição de competências, sejam elas formais ou informais, é um processo que começa cedo e se prolonga por toda a vida.
Os efeitos positivos a longo prazo de uma educação pré-escolar de qualidade são significativos e estão bem comprovados; é aí que se lançam as bases da futura capacidade e motivação para aprender.
A aquisição destas competências cedo na vida constitui a base para o desenvolvimento de competências mais elevadas e mais complexas que são necessárias para estimular a criatividade e a inovação.
É pois de reconhecer o mérito da estratégia do Município de Oeiras ao proporcionar a 477 alunos do 1º ciclo de ensino básico e aos seus 26 professores, a obtenção dessas competências contribuindo assim para que possam, mais tarde, não só prosperar nos seus contextos de trabalho e numa sociedade em rápida evolução mas também adaptarem-se a situações de complexidade e incerteza.
Para memória futura não posso deixar de ilustrar alguns dos momentos que caraterizaram a atividade realizada na manhã do passado sábado por parte dessas centenas de jovens e dezenas de professores em perfeita interação com a comunidade em que se inserem.