O ambiente de crise financeira e económica tem inevitavelmente impacto ao nível dos business angels.
A generalidade dos business angels estão presentemente a dar maior atenção á consolidação e ao re-financiamento dos negócios em que já participam e que sofrem com a contracção do crédito e com a situação económica global, do que à realização de novos negócios.
Recordo igualmente que muitos business angels tinham uma parte dos seus recursos financeiros aplicados nos mercados financeiros. A desvalorização substancial dos seus patrimónios faz com que actualmente disponham de menos recursos para a realização de novos investimentos.
No entanto, é também verdade que é mais fácil encontrar empresas mais baratas e que o investimento em early stage pode ser visto como uma forma alternativa e interessante de aplicar capital (considerando que as taxas de juro estão baixas e muitos produtos financeiros apresentam agora maior risco).
Para além disso, não nos podemos esquecer das regras de Basileia II em que as empresas têm de apresentar adequadas estruturas de capital, ou seja, não poderão continuar a financiar os seus investimentos estritamente com recurso a capitais alheios, sob pena de distorcerem ainda mais os seus Balanços. Desta forma, o recurso ao Capital de Risco, seja ele institucional ou através de Business Angels, é sem dúvida um óptimo instrumento a que podem recorrer.